Filmes de Terror
Terror é um género cinematográfico que procura uma reação emocional negativa dos espectadores, ao jogar com os medos primários da audiência. Inspirado na literatura de autores como Edgar Allan Poe, H.P. Lovecaft, Bram Stoker ou Mary Shelley, os filmes de terror têm mais de um século, caracterizados por cenas que assustam o espectador. Os temas do macabro e do sobrenatural são muito frequentes. O terror também se pode sobrepor com os géneros de fantasia, ficção científica, sobrenatural e o thriller.
Os filmes de terror, muitas vezes lidam com os pesadelos do espectador, as fobias ocultas, a repulsa e o medo do desconhecido. Os enredos dentro deste género muitas vezes envolvem uma força maligna, evento ou personagem, geralmente de origem sobrenatural, para o mundo normal de todos os dias. Elementos predominantes incluem fantasmas, alienígenas, vampiros, lobisomens, demônios, dragões, gore, temas relacionados a morte, tortura, animais ferozes, bruxas más, monstros, palhaços malvados, zombies, canibais, final girl e assassinos em série. Por outro lado, os filmes sobre o sobrenatural não são necessariamente sempre de terror.
O Massacre da Serra Elétrica (1974)
A Bruxa (2015)
O sexto sentido (1999)
O Massacre da Serra Elétrica é um divisor de águas. Histórias de horror da época costumavam ocorrer em locais isolados, mas o diretor e roteirista Tobe Hooper traz o medo para o coração dos Estados Unidos, acompanhando um grupo de jovens durante uma viagem, caindo na mão de uma surtada família texana e sendo perseguidos por um maníaco vestindo um rosto de pele humana costurada e carregando uma motosserra.
Até agora, a lista dos filmes essenciais de terror focou em clássicos que surgiram nos anos 70, mas não é preciso retornar tanto ao passado para citar filmes que marcaram o gênero. Um dos mais recentes que não poderia ficar de fora é A Bruxa, estreia de Robert Eggers na direção e roteiro de um longa, e de Anna Taylor-Joy nos cinemas. Contando a história de uma família profundamente cristã na Nova Inglaterra em 1630, isolada de sua comunidade e atormentada por forças malignas, A Bruxa é um exemplo atual de construção de tensão, ritmo e maestria técnica.
1999 é um ano inesquecível para o cinema e para o terror, e um dos motivos para isso foi a estreia de O Sexto Sentido. O longa que lançou a carreira de M. Night Shyamalan pode ser relembrado por inúmeros elementos, mas o que o introduz à lista de filmes essenciais de terror é imediato: a revolução da expectativa do público e o conceito de um twist final.
Suspira (1977)
O filme acompanha Suzy (Jessica Harper), uma dançarina americana que se junta à uma prestigiada academia de dança alemã. Mas ao chegar, assassinatos e ocorrências estranhas indicam que a escola e suas diretoras escondem um segredo perverso. O que faz Suspiria elevar-se acima dos demais é que a narrativa fica em segundo plano, dando espaço à uma verdadeira exploração sensorial, com visual surrealista, que passa a impressão de um belíssimo pesadelo em neon, e desconfortáveis ruídos e barulhos ao lado da excelente trilha sonora feita pela banda Goblin. É um terror que brilha na experimentação do que é medo, provando que desconforto pode ser tão eficiente e marcante quanto os sustos.
Tubarão (1975)
Há um longo e infinito debate ao redor do gênero de Tubarão, o clássico de Steven Spielberg, que brinca com os limites do terror e da aventura. E apesar de muitos chegarem a categorizar o longa como drama (ou até comédia), não há quem negue que o suspense de Tubarão é seu elemento mais memorável. Seria impossível lembrar de Tubarão sem ouvir as icônicas notas de John Williams ou reviver um dos maiores jump-scares do cinema, quando a criatura finalmente se revela para os protagonistas.
Invocação do mal (2013)
A trama é inspirada pelo casal de exorcistas Ed e Lorraine Warren, aqui vividos por Patrick Wilson e Vera Farmiga, e mostra um caso de assombração que a dupla enfrentou durante a década de 1970. O filme pode ser sim raso em sua narrativa, mas compensa bastante com uma pegada de “brinquedo de parque de diversões”, colocando um susto atrás do outro. Pode ser difícil conceber isso agora, visto que este universo já rendeu sete filmes (contando derivados) que tentam imitar a linguagem, mas a direção de Wan brilha em estabelecer a tensão de cada momento, brincar com as expectativas do público e também intercalar com pitadas de humor.